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Squads: como funcionam nas empresas inovadoras

Empresas como Spotify e Google são exemplos globais de utilização de Metodologias de Gestão Ágil e Squads. Enquanto por aqui, Magazine Luiza e Natura se destacam com ótimas iniciativas. Squads vão além do conceito mais óbvio de ser um time multidisciplinar reunido.

Quer ir fundo nos conceitos de inovação? O livro A estratégia da inovação radical: Como qualquer empresa pode crescer e lucrar aplicando os princípios das organizações de ponta do Vale do Silício, do co-fundador e CEO da ACE, Pedro Waengertner,  apresenta formas que as empresas devem adotar para inovar.

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Elementos do sucesso

No entanto, não é exatamente assim que as empresas mais inovadoras trabalham. O time ACE, pautado na experiência com as startups investidas e nos projetos de inovação corporativa que desenvolvemos com 30 grandes empresas clientes, lista as descobertas que levam à inovação com resultados.

Não basta apenas usar métodos ágeis. Aliás, os métodos ágeis não estão entre os maiores impulsionadores de um squad, embora importantes;

– Squads com dedicação part-time não funciona. Focar a energia é o que faz o resultado acontecer;

– Medo e insegurança são os fatores que mais atrapalham. Muito do nosso tempo é investido no mindset das pessoas;

– A integração e o nível de confiança entre o time estão entre os fatores fundamentais;

– Os times levam pelo menos 60 dias para apreender a metodologia e entender o que significa trabalhar em um Squad;

– É muito comum as empresas selecionarem mal os times, causando um grande problema de execução. Uma pessoa fora do lugar já afeta consideravelmente o resultado;

– O método lean e a experimentação não são utilizados da maneira correta na grande maioria dos times.

>> Veja também: Como aplicar metodologias ágeis à sua corporação? <<

O foco principal: a estratégia

Por isso, quando falamos com grandes empresas sobre iniciativas de inovação, chamamos a atenção para o elemento fundamental chamado estratégia. Qual é a estratégia das iniciativas de inovação? Qual o objetivo de trabalhar com startups? A inovação é de curto, médio ou longo prazo? Mais do que trabalhar com métodos ágeis para aumentar a produtividade e a eficiência dos times, gostamos de dizer que as empresas devem trabalhar com e como startups.

Ou seja, antes de adotar Squads somente pela inovação, as companhias têm de entender onde querem chegar com isso, quais objetivos querem alcançar e, sempre, qual o problema a resolver.

As 12 “leis” dos Squads segundo o time ACE Córtex

1 – Para inovações de Horizonte 2 ou 3, o time deve possuir perfil intraempreendedor, ser multidisciplinar e estar alocado full time no projeto para que a inovação ocorra;

2 – Segurança psicológica para operar sem medo de errar. O squad entra muito com medo de ser desligado por estarem em um projeto fora da área de atuação, disruptivo e fora da estrutura da empresa;

3 – Gestão ágil é essencial para medir performance e identificar gargalos no time. Ademais, para que o time seja autogerenciado, é importante que siga as rotinas ágeis e mantenha transparência total. O segredo está basicamente no método. Todos tem que estar a bordo e 100% comprados com o método. Caso contrário questionamentos acontecem e agendas como daily meetings são passadas;

4 – O Product Owner jamais pode ser visto como chefe, ele é muito mais um facilitador! Ele inclusive deve motivar os engenheiros e designers do time a colaborarem entre si para que seja criado um output de valor para o cliente final;

5 – O Squad deve possuir o conceito de “entregue” muito bem definido, isso vai gerar menos retrabalho e aumentar a clareza na execução;

6 – Patrocínio é essencial. Os squads devem definir quem será o removedor de roadblocks dentro da empresa. Em geral um executivo é sponsor, pois possui  total visão de negócio, fácil acesso às áreas da empresa e alçada de aprovação;

>> Leia mais: Como trabalhar como uma startup? 

7 – Team building é importante! Nada acontece na velocidade que deveria sem confiança um no outro;

8 – Projetos de teor/cunho político e/ou branding não devem ser acelerados via squad ou métodos ágeis. Sabemos que esses projetos existem na vida das corporações, mas o método e gestão ágeis não devem ser usados para entregáveis dessa natureza, uma vez que desestimula o time na busca de resultados. Exemplo: se eles encontrarem que o produto não tem market-fit, serão impulsionados a implementar mesmo assim;

9 – Os squads funcionam muito melhor na incerteza. Portanto, precisam ter “passe livre” para fazer o que precisa ser feito para alcançar resultados. Os executivos precisam confiar no processo e deixar o caminho livre para o time fazer acontecer;

10 – É necessária uma política de aprovação rápida de budget. O squad precisa ter um cartão corporativo ou um fluxo prioritário para gastos em testes do MVP. O budget pode ser combinado no início do projeto;

11 – A meta é mais importante do que o COMO. Deixe o time criar de forma livre as soluções para resolver o problema;

12 – Os resultados vêm com o tempo: a mescla de metodologias ágeis com o Lean, acrescidos à fase de validação e ideação, são essenciais e levam bastante tempo.

Leia mais: A sua empresa monta um plano anual de inovação?

Leia também: Cultura organizacional em startups

Squads estratégicos

Por aqui trabalhamos com dezenas de squads corporativos, simultaneamente, e todo dia aprendemos algo novo. O poder de transformação que um bom squad pode ter em um negócio é algo que sempre nos impressiona.

Entre conceitos, teoria e prática, o mais importante é que toda e qualquer empresa pode começar hoje a inovar, mas mais do que ter um squad para chamar de seu, o mais importante é ter claro quais são os objetivos estratégicos desejados dos programas e  iniciativas de inovação.

ace cortex squad

 

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26 de julho de 2024 – São Paulo