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Como a Transformação Digital está moldando o futuro (e presente) dos negócios

Em 2020 passamos por tempos de isolamento social, mudança nos padrões de consumo e na forma de trabalhar. Barry Libenson, CIO global na Experian, divulgou que, durante este ano, a empresa passou – quase do dia para a noite – de 2000 usuários VPN para quase 20,000. Sua estimativa é de que a foram necessárias aproximadamente (apenas) 2 semanas para todos se adequarem e tornarem-se produtivos.
Vimos se intensificarem as mudanças em todos os âmbitos das organizações – desde a forma de gerar valor a seus clientes, de se comunicar, de se relacionar internamente. Vimos, como mencionamos aqui, Frederico Trajano, líder da Magalu – case nacional de sucesso da estratégia em Transformação Digital – dizer que sua empresa teve de passar por 50 semanas de transformação em 5.  Porém, sabemos que a empresa vem investindo em transformação digital desde 2011. 

A estratégia da Transformação Digital

Para ser, no futuro, uma empresa relevante, é preciso pôr em prática o processo de mudanças hoje. Todas as movimentações de mercado nos mostram isso – todos os posts sobre Transformação Digital, recentes experts no processo – evidenciam que o timing está favorável para modificar-se. Por exemplo, na América Latina, apesar de a penetração da tecnologia ser menor do que a de outras regiões, o crescimento é mais acelerado (Capital IQ para dados de capitalização de mercado (definição de “empresas de tecnologia” exclui telecomunicações), World Bank Open Data 2019 para PIB, análise conduzida pelo Atlantico). Segundo o Fundo de Investimento Atlantico, hoje há um ciclo virtuoso e crescente de atração dos melhores talentos. Esse ciclo é alimentado por investimentos cada vez maiores e por um ambiente regulatório em grande parte aberto à inovação.

Essa tríade acelera a transformação digital, num movimento bem descrito por Hemingway: “first gradually, then suddenly”. Além disso, o Fundo também analisa, por exemplo, que o crescimento de empresas nacionais de tecnologia atingiu o maior nível já visto. Como exemplo podemos citar o mais recente unicórnio brasileiro,  V-Tex, empresa de SaaS.   

Um importante pilar

Podemos analisar alguns pilares de como a transformação está moldando os negócios do presente e futuro. Um deles, pauta deste texto, é o de pessoas e mercado de trabalho.

Hoje, a nova maneira de consumir exige uma nova força de trabalho das organizações. No ano passado, se somássemos os trabalhadores do Uber, 99, iFood e Rappi eles seriam o maior empregador privado do país. Os três contam com 3,8 milhões de trabalhadores autônomos usando os aplicativos como fonte de renda. Ainda assim, neste ano, o número de entregadores do iFood aumentou em 1,8 vezes em apenas 4 meses. Observamos, também, que estudantes das áreas de ciência, tecnologia, matemática e engenharia procuram startups ou empresas de tecnologia para fazer carreira, empresas que carregam o estereótipo de regime de trabalho mais flexível, possibilidade de criação e inovação, ou seja, que já sejam mais avançadas no processo de transformar-se digitalmente.  

Para além disso, é evidente a inserção (quando possível) do trabalho remoto nas políticas e práticas das empresas, movimento observável apenas nas empresas antes  consideradas mais digitalmente maduras ou transformadas.

O futuro da transformação

Além disso, acelerou-se a relevância de competências como fluência digital, domínio de metodologias ágeis, liderança situacional, liderança remota, inteligência emocional, mindset intraempreendedor, trabalho em equipe, transparência em processos e nas relações. Apesar de poderem parecer competências “do futuro” já são exigidas e buscadas por empregadores atuais. Skills socio-comportamentais que não podem – ao menos por hora – ser de alguma forma replicados ou substituídos por robôs tendem a ser cada vez mais valorizados. Assim, um mundo em constante mudança, tal qual o cenário atual, demanda adaptabilidade para migrar de cadeira, função e forma de trabalhar. 

2020 nos mostrou que o processo de transformar-se não tem fim. Quem não se adaptou, perdeu. Como dizemos aqui na ACE, a única certeza que temos sobre os negócios é que eles se transformarão. Vamos começar? 

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