Pensar, repensar e construir. Nos próximos dias, esse será o mantra dos empreendedores à frente das 21 startups da 10ª turma de aceleração da ACE.
Nesta segunda-feira (02/10), todos se reuniram na sede do Google em São Paulo para o primeiro dia do Wizard, a semana que dá início ao programa de aceleração. O objetivo dos encontros é, por meio de palestras, aulas, workshops e outras atividades, instalar o chip do crescimento na cabeça de cada um.
Pedro Waengertner, CEO da ACE - "Vamos dar gás à loucura de vocês. As boas empresas são aquelas que nos desafiam."
Essa turma, agora, se une a um grupo que já se tornou um indicador importante da qualidade do ecossistema empreendedor no Brasil. "Certamente, mais de 50% das startups que entram na ACE, hoje, são originais. Há cada vez menos cópias de startup gringas", afirmou Pedro na abertura do evento.
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Ao abrir a programação do Wizard, Pedro ainda deixou claro porque, para a ACE, a prioridade sempre será trabalhar o empreendedor, mais do que a sua cria. Segundo ele, a possibilidade de um negócio dar errado é alta. Já a do empreendedor, baixa.
Pedro Waengertner, CEO da ACE - "Ele começará de novo, de novo e de novo. E cada vez melhor."
Testar e validar desde o início da aceleração
Duas atividades deram o tom da imersão profunda que ocorrerá no Wizard. Primeiro, ao discorrer sobre estratégia, Pedro buscou extrair de cada um o porquê de seus negócios.
Convidados a escrever suas missões e lê-las em frente a todos, muitos descobriram a dificuldade de lapidar a ideia que parecia tão clara no papel.
Pedro Waengertner, CEO da ACE - O problema que uma empresa propõe a resolver pode ser visto por vários ângulos. É preciso chegar ao mais direto, ao mais específico, ao que deixa mais claro o que o cliente ganha.
A aula de Pedro deu gancho para o início de uma fase crucial – a de validação do negócio. LG Lima, acelerador da ACE, mostrou aos empreendedores por que é preciso atenção total nessa etapa.
LG Lima, acelerador - A principal razão das startups falharem é o mercado não precisar do que elas vendem. Empresas baseadas em necessidades têm chances bem maiores do que as baseadas só em ideias.
LG citou uma pesquisa da CB Insights que mostra que a falta de product-market-fit é responsável por 42% dos casos dos casos de insucesso.
Expectativas, medos – e um tanto de improviso
O dia foi mesmo intenso. Não bastasse o exercício de imersão, os empreendedores foram convidados a escrever suas principais expectativas e seus maiores medos num papel, que foi guardado numa caixa selada. Ela será aberta ao final da aceleração – para que cada um possa medir o quanto se transformou.
A atividade foi proposta por Arthur Garutti, COO da ACE, que apresentou melhor a metodologia e os estágios do processo de aceleração, além da própria ACE.
Arthur Garutti, COO da ACE - "Buscamos empresas com pensamento global".
E houve mais. O anfitrião Rodrigo Carraresi, gerente do programa de startups e desenvolvedores do Google, apresentou o Google Developers Launchpad, programa internacional com o qual a ACE tem parceria.
Horas antes, foi realizada, ainda, uma oficina de improvisação, comandada por LG Lima.
Empolgados, os empreendedores se mostraram afiados em atividades como inventar uma língua própria, conversar como se fossem gêmeos siameses, duelar numa batalha de versos rimados e atuar em cenas improváveis.
“Podem se soltar”, disse LG. “O que rolar aqui, ficará por aqui.” Assim, infelizmente, este blog ficou proibido de contar e mostrar os detalhes.
Informação e conhecimento
A semana do Wizard reflete uma das grandes preocupações da Ace com a difusão de informação e conhecimento para os empreendedores.
Essa preocupação se reflete mesmo nos conteúdos voltados para empreendedores que não fazem parte do nosso programa de aceleração.