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Quais são os unicórnios brasileiros de 2021?

O ano de 2020 foi muito frutífero para as startups brasileiras. Além de ganharmos novos unicórnios, os investimentos no Brasil somaram mais de R$ 9 bilhões, a maioria dessa quantia vinda do exterior. Isso é o reflexo de um ecossistema em amadurecimento, com empreendedores já mais experientes e conteúdos relevantes à disposição para aqueles que querem estudar mais a fundo. A quantidade de startups também aumentou, e hoje temos cerca de 13.000 ativas. E 2021 promete ser um grande ano também, pois já no primeiro mês temos a chegada de um novo unicórnio.

Toda essa evolução chamou atenção dos grandes fundos internacionais e, principalmente, do Softbank – grande responsável por boa parte dos unicórnios brasileiros deste ano. Mas o que eles têm em comum? A maioria pertence ao segmento B2C e gerou uma grande disruptura de comportamento do consumidor no segmento onde atuam. Os ungidos de 2019 são Gympass, Loggi, QuintoAndar e Ebanx.

Somente no mês de novembro, startups brasileiras levantaram um total de US$ 334 milhões – ou R$ 1,45 bilhão – em 19 rodadas de investimentos. O número de deals foi 40% menor na comparação ao mês anterior, mostrando aportes mais polpudos. Boa parte desse valor foi puxado pelos investimentos da Neon (R$ 400 milhões, liderado pelo Banco Votorantim e pelo fundo General Atlantic) e da VTEX (R$ 580 milhões, liderado pelo Latin America Fund, Gávea Investimentos e Constellation Asset Management).

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Os unicórnios

Um unicórnio tem valor de mercado de pelo menos US$ 1 bilhão. Sendo o primeiro brasileiro deles a 99, que atingiu a marca em janeiro de 2018. 

Vamos à lista:

99 – janeiro de 2018: é um ambiente de concorrência extremamente hostil, mas a empresa soube se adaptar bem ao cenário nacional. Soube fazer bem a união dos motoristas e texistas com uma boa usabilidade de aplicativo. 

Nubank – março de 2018: o colombiano David Veléz trouxe para o país o modelo de sistema bancário que idealizou após encarar frustrações próprias com o serviço prestado pelos bancos tradicionais. Mesmo com um início desacreditado, hoje o banco digital já superou a marca de 15 milhões de clientes. 

Arco Educação – setembro de 2018: nem todo mundo considera um unicórnio, visto que seu modelo não era exatamente de uma startup. Foi uma empresa que adotou a tecnologia a seu favor e tornou o negócio muito mais escalável. Um negócio tradicional que se adaptou à nova realidade através da transformação digital.

Movile/Ifood – novembro de 2018: O Ifood corresponde a boa parte do valuation da Movile, e foi a primeira grande plataforma que popularizou o delivery. Um grande mérito em mudar o comportamento de consumo das pessoas. Seu modelo bem nichado o fez crescer bem rápido, mas agora encara o desafio dos super apps, que integram vários tipos de serviços. Tem também que manter sua sustentabilidade, distribuindo tantos cupons de desconto. 

Stone – dezembro de 2018: já está quase deixando a lista de unicórnios, pois já fez seu IPO. Tem uma ótima execução dentro de um mercado brasileiro bem difícil, que já se tornou commodity: maquininhas de cartão. Para se manter agressiva no mercado, terá que apostar em novos produtos e recorrer a softwares de inteligência e tecnologia para seguir se destacando.  

Gympass – janeiro de 2019: Era uma aposta antiga. O serviço de bem estar tem uma forma interessante de distribuição B2B2C, e ainda reduz uma linha de custo das empresas. Já internacionalizada, é motivo de orgulho para o Brasil. Agora também com planos de expansão de atendimento a médias empresas.

Loggi – junho de 2019: o serviço de motofrete por aplicativos é um grande case de execução, principalmente por atuar em um setor que era muito pulverizado. Tem boa usabilidade e conseguiu varrer o mercado, conquistando tanto pessoas físicas quanto jurídicas.

QuintoAndar – setembro de 2019: foi o grande disruptor do mercado imobiliário nacional. Trouxe muitas facilidades a um segmento extremamente burocrático, prosperando em cima da ineficiência do mercado imobiliário brasileiro. Transformaram todo o amadorismo em um pacote tecnológico com processos bem definidos e ágeis. 

Ebanx – Novembro de 2019: todo mundo usa, mas poucos sabem. É a plataforma que processa pagamentos de plataformas como Netflix, Spotify e Airbnb. A startup nasceu em 2012 e cresceu em um próspero segmento: solucionar e processar pagamentos de serviços gringos no Brasil. Hoje, oferecem muito mais serviços em sua cartela. 

Wildlife – dezembro de 2019: fundada em 2011 por dois irmãos, a Wildlife é um estúdio de games que chegou ao valor de mercado de US$1,3 bilhão. Recebeu um aporte de US$ 60 milhões, liderado pelo fundo americano Benchmark Capital, investidor de Uber, Twitter, Snapchat, Riot Games e outros.

Loft – Janeiro de 2020: é uma plataforma digital que usa a tecnologia para simplificar a venda e compra de imóveis. Foi fundada em 2018 em São Paulo. Tem como objetivo ser um marketplace, conectando compradores e vendedores de imóveis.

Vtex – Setembro de 2020: plataforma de e-commerce SaaS que cuida de toda estrutura necessária para que os lojistas possam cadastrar seus produtos, integrar meios de pagamento, frete, erp, etc. Foi fundada em 1999 no Rio de Janeiro. É responsável pelas lojas de grandes marcas Walmart, Petrobrás, Sacks, Nokia, entre outros.

C6 Bank – dezembro de 2020: fundado em 2012, o C6 Bank é um banco sem agências físicas que oferece conta corrente e conta de pagamentos, além de produtos de investimento, conta internacional em dólar, serviços de pessoas jurídicas e tag de pedágio gratuita para todos os clientes.

Creditas – dezembro de 2020: nasceu em 2018 com o intuito de oferecer empréstimos com garantia de imóvel, veículo, consignado privado e financiamento de carro.

MadeiraMadeira – janeiro de 2021: fundada em 2009, é uma empresa de venda de bens para lares através de varejo online e offline. Tornou-se um unicórnio por meio de um aporte de U$ 190 milhões.

Para ouvir todas a opiniões ACE sobre o ecossistema brasileiro de startups, dê o play no podcast abaixo!

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26 de julho de 2024 – São Paulo