Não existe bom projeto que resista a uma apresentação ruim.
Planejar um bom pitch e se preparar para falar são etapas fundamentais para as startups que procuram por investimentos e parcerias.
Por isso, o pitch foi o tema principal do último dia do Wizard, como é chamada a primeira semana da aceleração da ACE.
Ao longo do dia, os acelerados receberam dicas para boas apresentações e foram desafiados em uma oficina de improvisação.
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Entender, gostar e comprar
No painel “Pitch, Please!”, apresentado por Carlos Carneiro, Head do ACE Start, as startups puderam aprender os fundamentos do pitch.
“O público precisa entender o seu pitch. Esta é a base de tudo. Se não entender, não vai prestar atenção e não vai gostar. Se não gostar, não vai comprar”, definiu Carlos.
Como a meta do pitch não é simplesmente apresentar uma ideia, mas convencer a sua audiência sobre ela, é essencial atrair o interesse da plateia e criar empatia desde o início do discurso.
E isto pode ser alcançado com um slide inicial provocador – a imagem já estará aberta antes mesmo do início da apresentação, e pode instigar o público – e uma exemplificação do problema, tentando fazer com que a audiência entenda a dor que a startup tenta resolver.
Com o contexto definido, chega a hora de o empreendedor apresentar sua empresa e mostrar como ela soluciona esta questão.
Em resumo, a estrutura de um pitch a partir daí pode ser:
- Solução proposta e alguns detalhes da proposta de valor;
- Dor: Mostrar que mais pessoas sentem a mesma dor e detalhar o tamanho do mercado;
- Panorama da concorrência e credenciais do time: “Por que a startup é diferente e vale o investimento?”;
- Visão de futuro: Mostrar que a startup está focada em um grande objetivo;
- Encerramento: Amarrar com o início da apresentação, destacar o diferencial da startup e terminar com um impacto.
Para que isso dê certo, no entanto, o pitch precisa ter um objetivo muito claro e o empreendedor precisa saber para qual plateia vai falar e como pode impressioná-la.
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O pitch além das palavras
Demonstrar empatia e confiança no negócio também faz a diferença. Assim, a postura corporal durante a apresentação e a capacidade de se concentrar e improvisar também devem ser trabalhadas.
“Um pitch é contar uma história. Uma venda é contar uma história”, comentou Luís Gustavo Lima, o LG, acelerador do ACE Growth São Paulo, que ofereceu às startups uma oficina de improvisação.
Nela, os empreendedores puderam estimular a criatividade e a desinibição para suas apresentações, bem como explorar as capacidades de concentração, de contação de histórias, de entreter mais de uma pessoa ao mesmo tempo e de se adaptar rapidamente a mudanças de contexto.
ACE Wizard – Dia 5
No último dia do Wizard, as startups também tiveram a oportunidade de conversar diretamente com algumas empresas da rede de parceiros da ACE, como Microsoft, Stone, TozziniFreire Advogados, Rhind Group e Amazon.
Para encerrar a semana de imersão, Pedro Waengertner e Mike Ajnsztajn, fundadores da Melhor Aceleradora da América Latina, e Arthur Garutti, COO da ACE, cumprimentaram e agradeceram aos acelerados.
Os três lembraram que é apenas o começo do trabalho para as startups e afirmaram que confiam muito no potencial das empresas que participaram do maior Wizard da história.
– por Rodrigo Simões, especial para a ACE