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Quem disse que inovação aberta não funciona no Brasil?

Quantas vezes algum “guru” empresarial já te disse que Inovação Aberta não funciona no Brasil?

Em um longínquo período (data estelar: 2003) a expressão Inovação Aberta iniciou sua escalada rumo ao mainstream, chegou ao jargão empresarial e, um punhado de anos depois, já havia se tornado conhecimento necessário para qualquer almoço corporativo.

Cunhado por Henry Chesbrough, o termo nada mais é do que o aglutinamento de ações voltadas à inovação em que ideias externas são mais do que bem-vindas (são garimpadas!) e ideias internas que não serão utilizadas em seu negócio são disponibilizadas para outras empresas.

Pode soar estranho e até mesmo um tiro no pé, afinal, “meus recursos/funcionários/ideias = meu sucesso/mercado/patente”. Portanto, o primeiro pensamento que ocorre é que a prática deve ser adotada quase que somente por empresas de tecnologia, que já enxergam valor em desenvolvimento open source.

No entanto, estima-se que, em 2014, 78% das organizações no mundo praticavam alguma forma de Open Innovation

O mundo das startups e a Open Innovation no Brasil

Sendo ligeiramente menos otimista, ainda existem sérias questões culturais que cercam a abertura. As organizações aceitam receber informações abertamente, mas não tornar suas próprias informações abertas a pessoas de fora.

Qual é a solução?

No Brasil, o namoro entre grandes empresas e os conceitos de Inovação Aberta encontrou conforto no ecossistema de Startups.

Aliar-se a um jovem genial trabalhando na garagem de casa é mais fácil de justificar do que gastar recursos em grupos de estudo de inovação com o seu maior concorrente.

Foi quando encontramos o grande problema: taxa de mortalidade.

Se na ACE a taxa de mortalidade de startups aceleradas por nós beira os 10% (jabá descarado, mas os números são frios), no mercado brasileiro em geral o número chega a 70%. Ou seja, os recursos estão sendo alocados, mas muito está sendo perdido.

Não tem mágica: não há acesso a mercado e mentoria que mantenha coeso um empreendedor fraco. E, novidade para ninguém, a maioria é fraca

E aí nasceram os pessimistas. “Open Innovation não funciona no Brasil”. Hum, será?

A cultura do erro

Ou será que a cultura de que “Erro = Fracasso” é que ainda está imperando em um mundo empresarial arcaico?

Falhar rápido deveria ser parte da sua estratégia

Por que comemorar o fracasso, particularmente quando sabemos que o mundo corporativo recompensa o sucesso?

Bom, o profissional deve se esforçar para promover um ambiente onde a falha pode ocorrer sem conseqüência negativa. E a boa notícia: isso não é tão difícil quanto parece.

A solução é testar o quanto antes e com baixa alocação de recursos. Ou seja, implantar a solução inovadora quando ela mal saiu da sala de parto e pagando pouco por isso.

Soa familiar? Algo parecido com um certo ecossistema do qual eu tanto falo?

Rápido e barato, o erro é essencial ao aprendizado. Agora, enterrar 2 anos e R$4 milhões em um projeto que patina e não chega a mercado. É, nesse caso temos um problema difícil de comemorar…

 

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26 de julho de 2024 – São Paulo