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Como formar equipes inovadoras em grandes empresas?

O conceito inovação é obrigatório para qualquer empresa que queira se estabelecer por muitos anos em qualquer mercado. A mudança na maneira de fazer gestão é cada vez mais urgente e, como ensina Pedro Warngertner, CEO da ACE, em seu livro “A Estratégia da Inovação Radical”, a inovação não pode mais ser uma área específica da empresa – ela é uma competência do negócio como um todo.

E isso, obviamente, inclui toda a equipe que forma a empresa. Todos os colaboradores são responsáveis pelo processo de inovação. Junte-se a esse cenário o estímulo para que as pessoas trabalhem cada vez mais unidas e de forma colaborativa, dentro de uma cultura de cooperação e não de sucesso individual.

Mas como encontrar pessoas com esse mindset? Qual perfil exatamente a empresa deve buscar, e qual o approach para atrair (e manter) essas peças para sua organização?

Primeiro, é preciso olhar para quem já está na sua empresa. Como ensina Greg Satell, autor de “Mapping Innovation”, na Harvard Business Review,é preciso criar um ambiente onde as pessoas possam prosperar” – uma tarefa necessária, mas não exatamente fácil.

Ele também argumenta que inovação não está ligado necessariamente a ideias, e sim à resolução de problemas. Um ótimo exemplo é o iPhone; muito mais do que uma “grande ideia”, é uma ferramenta que surgiu para resolver todas as nossas necessidades em um mesmo device.

Estabelecer esse mindset e disseminá-lo entre os colaboradores é fundamental. E para garantir que a mensagem seja recebida, o gestor precisa observar atentamente os perfis de seus colaboradores, assegurar que eles se sintam seguros para expor seus pensamentos e nunca esquecer de valorizar o trabalho em equipe, o que iremos tratar com mais detalhes abaixo:

Equipes inovadoras, um único propósito

Com isso em mente, contrate pessoas que têm interesse em resolver os problemas dos seus clientes. Esse é um propósito que precisa ser comum a todos. O autoestímulo da equipe e a leitura precisa do gestor de perceber se as pessoas estão trabalhando com o que gostam, nas funções mais adequadas a suas habilidades, são aceleradores da criatividade e, consequentemente, da inovação.

Kishau Rogers, criadora do “The bigThinking Project”, elenca nesse texto cinco perfis de profissionais para uma equipe inovadora: o visionário (que traz novas ideias e a capacidade de antever o que vem pela frente), o pensador (ouve, observa e analisa, procurando entender), o inovador (focado em descobrir o melhor método de execução das ideias), o líder (que, além de comandar a equipe, se preocupa em inspirar e incentivar a equipe) e o comunicador (especialista na transmissão das ideias).

Além da diversidade de funções, fique esperto também em não se limitar a um “tipo específico” – você pode cair na cilada de contratar apenas pessoas que pensam parecido com você. É necessário construir uma equipe com backgrounds, experiências e pontos de vista diferentes, marcada pela diversidade. O resultado disso são mais ideias expostas, e a chance de as perspectivas serem questionadas por pessoas que, ao longo dos anos, percorreram caminhos completamente diferentes umas das outras – trazendo muitos mais elementos à discussão e tornando ela mais rica e inovadora.

>> Leia mais: Como encontrar um time para sua startup?

>> Leia também: Como criar e manter a melhor equipe para sua startup?

Inovação: ambiente seguro e colaborativo

Só que há um porém na criação de equipes diversificadas: ao mesmo tempo que os perfis diferentes estão ali apresentando suas ideias, as pessoas precisam se sentir seguras para revelarem seus pensamentos sem medo de repreensão ou represálias. A exposição de ideias tem que ser estimulada, nunca desencorajada.

Segundo um estudo de pesquisadores do MIT e da Universidade Carnegie Mellon, citado por Greg Satell, as equipes onde apenas um ou dois membros dominam as conversas são superadas de longe por times onde todos falam aproximadamente a mesma quantidade de tempo.

Nisso chegamos a uma conclusão tão óbvia quanto fundamental: o trabalho em equipe precisa ser estimulado o tempo inteiro. E valorizado também. Muito mais do que um indivíduo brilhante, uma equipe realmente inovadora tem pessoas que pensam, ouvem, conversam entre si e desenvolvem ideias em conjunto.

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26 de julho de 2024 – São Paulo