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A importância do protagonismo e do sangue nos olhos para atrair investidores

Como atiçar os empreendedores da 10ª turma de aceleração da ACE, para que retornem rapidamente às palestras após um break? Fácil. Basta falar sobre as melhores práticas para conseguir investimentos.

No terceiro dia do programa Wizard, nesta quarta-feira (04/10), Arthur Garutti, COO da ACE, mediou um bate-papo com Marcelo Mitre, do Provence Capital, e Gabriel Gouveia, do Innova Capital, sobre o assunto.

>> Leia também: Onde encontrar um bom time?

Já de início, os convidados destacaram a figura do empreendedor como central na hora de avaliar alvos de investimento. Segundo Marcelo, sem um time excepcional liderado por alguém com paixão e “sangue no olho” – como fez questão de frisar – não há startup que resista. Gabriel fez eco à afirmação. “É melhor um empreendedor bom com uma ideia ruim do que o contrário”, disse ele.

Como conseguir investidores para uma startup?

Ao final das contas, consistência é a palavra-chave. Arthur relembrou que, enfim, as melhores startups costumam ser aquelas com resultados sólidos. E isso só é possível quando o empreendedor está focado no negócio, e não buscando recursos desesperadamente.

Arthur Garutti, COO da ACE “Quando a conversa gira só em torno de valuation e de percentuais, dificilmente levará a algum lugar.”

>> Saiba mais: Como fechar uma rodada de investimento?

A sessão foi repleta de histórias e de recomendações importantes. São dicas que muitos podem achar óbvias, mas acabam as esquecendo quando a hora chega.

Gabriel Gouveia, do Innova Capital “Não se vendam pelo maior cheque Busquem o ‘smart money’. Ter o investidor ideal abre muito mais portas do que 1 milhão de reais a mais.”

Tão importante quanto, é preciso assumir também um papel de protagonismo nas negociações.

Marcelo Mitre, do Provence Capital “O empreendedor pode fazer sua própria due dilligence com o investidor, para entender melhor se há compatibilidade ou não, além de com quem está lidando. Uma maneira, por exemplo, é conversar com empresas que estão ou já passaram pelo portfólio do fundo.”

Separar para fortalecer

No primeiro dia do Wizard, os empreendedores já haviam sido alertados para não se acostumarem com o ambiente de comunhão. O processo de aceleração é bastante individualizado, com foco em cada startup, especificamente.

Uma primeira mostra dos caminhos separados já ocorreu na manhã desta quarta, quando a turma se dividiu para conversar separadamente com seus aceleradores e avançar em temas mais específicos de cada negócio.

Na parte da tarde, a separação foi de acordo com seus modelos de negócios. Os empreendedores puderam para participar de imersões em dois temas: plataformas e marketplace, ministrada pelo acelerador LG Lima, e em softwares como serviço (SaaS), conduzida pelo acelerador Sulivan Santiago.

Em cada uma das salas, os empreendedores viram com detalhes as nuances de cada modelo. Assim, puderam saber um pouco mais sobre o que torna um negócio viável em cada vertente e as maneiras de converter ideias em receitas de fato.

LG, por exemplo, apresentou cases de empresas que, em algum momento, concorreram para solucionar a mesma dor dos clientes. De MySpace a Facebook, de Craiglist a Airbnb, saiu-se melhor quem prestou muita atenção a um componente essencial da criação de plataformas: dados.

Em sua aula, Sulivan deixou algo claro aos empreendedores, ao tocar em um tema delicado e definitivo, a precificação. Segundo ele, “quem define preço é o consumidor”.

A partir daí, apresentou diversas modalidades de cobrança em empresas de software como serviço, e lembrou a todos de se atentarem a um detalhe: é preciso considerar as particularidades dos brasileiros em relação a preços, em vez de apenas copiar soluções que funcionaram lá fora.

Vendas, marketing e estratégia

O terceiro dia do Wizard ainda tocou em pontos fundamentais. Convidado a falar sobre como formar uma máquina de vendas, João Marcos Oliveira, fundador da Asapp, que participou da 3ª turma de aceleração da ACE, detalhou métodos, lógicas e nuances de todo o processo comercial – da prospecção ao contrato.

João Marcos Oliveira, fundador da Asapp – “É preciso estar atento à estratégia, mas também estar de olhos abertos para o imponderável, que irá acontecer. ”

Estratégia também foi tema da palestra de Felipe Collins, head de marketing da ACE. Com diversas indicações de leitura, ele falou sobre como construir uma estratégia que faça sentido para cada tipo de negócio.

Felipe Collins, head de marketing da ACE – “É muito arriscado depender só de mídia paga. No dia em que aparece um concorrente com mais dinheiro, você se dá mal.”

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