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Precisamos ter medo da concorrência?

Em carta aos investidores,  Reed Hastings, CEO da Netflix, se diz mais amedrontado pela concorrência do Fortnite do que dos demais serviços de streaming. A própria Disney foi correr atrás de lançar seu DisneyPlus, entendendo que sua concorrência não era mais somente os grandes estúdios de cinema. E, por fim, Jorge Paulo Lemann, fundador e sócio do grupo 3G, já afirmou se sentir um “dinossauro” diante das mudanças que vem acompanhando em todos os setores.

Diante disso, você sabe qual o seu maior concorrente? Muitos aprenderam na faculdade a analisar mercado por meio das Cinco forças de Porter, mas talvez esse conceito não seja o mais confiável no novo contexto de mundo, onde empresas não surfam mais décadas na onda de uma só inovação.

Da onde vem a concorrência?

Mas por que isso mudou? Os ciclos de inovação estão se encurtando e isso vem sendo puxado pelo próprio consumidor, menos fiel a produtos e serviços. Ele entende também que há diferentes formas de resolver o mesmo produto. Aqui entra o conceito que abordamos muito na ACE, o Job to be Done.

Pensando com esse olhar: por exemplo, no mercado da música a venda de vinis vem crescendo, mas nada ainda que se compare ao aumento exponencial dos serviços de streaming. Mas por que isso ocorre? Eles não competem na mesma categoria do Job to be Done, que aqui é muito mais emocional e social, do que funcional.

A grama do vizinho

Manter sempre o que a concorrência está fazendo no radar pode ser uma armadilha. Se quiser ser o líder, evite ficar tão ancorado ao que os concorrentes estão fazendo. Isso pode te segurar, ao invés de ajudar a alçar voos. 

Com ambientes mais competitivos, é necessário ficar atento à categoria na qual se atua e – além de mapear os concorrentes óbvios – identificar de onde vem ameaças mais disruptivas e serviços e produtos substitutos. 

Mas até onde deve ir essa preocupação com a concorrência? Quem deve avaliar o quanto isso irá guiar a estratégia (e aqui pensar com um mindset inovador) é o C-Level das companhias. Ou melhor, que tal adotar o mindset do empreendedor do Vale do Silício, que é completamente obcecado pelo cliente, por resolver o problema dele. Foco no shift: da estratégia product centric para a customer centric. 

Por fim, não tema a concorrência. Mas tenha respeito e acompanhe. E pense além.

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26 de julho de 2024 – São Paulo