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Estamos vivendo uma bolha das startups?

No episódio de hoje, vamos buscar entender como anda o mercado de investimentos no Brasil e no mundo, e se estamos realmente vivendo uma bolha das startups. Para acompanhar o debate completo, ouça o episódio do podcast abaixo!

O que são bolhas?

Antes de mais nada, precisamos entender o que é uma bolha. Uma bolha é formada quando o preço de algum ativo é descolado de seu valor original. Por trás dessa valorização, existe um certo “hype”, ou seja, muita especulação e a demanda já não acompanha a oferta.

Já passamos por algumas situações como esta anteriormente, como a bolha das tulipas na Holanda, a bolha do “pontocom” no início dos anos 2000, e a mais recente, a a crise do subprime, em 2008, que gerou a bolha dos ativos imobiliários nos EUA.

Principais características de uma bolha

Além do citado acima, é importante ressaltar mais algumas características das bolhas:

  • Preços muito acima da média: quando em uma bolha, os preços encontram-se muito acima da média. O ativo acaba se valorizando tanto, que os investidores obtém um alto ganho em um curto espaço de tempo. Porém, quando analisamos o longo prazo, esse ganho não se mantém;
  • Novos compradores entrando no mercado: como a demanda aumenta agressivamente, o preço inflaciona;
  • Política monetária: políticas monetárias que estimulam a inflação tendem a auxiliar no desenvolvimento de bolhas.

 

O mercado das startups 

Recentemente, o grande aumento dos valuations das empresas e do ticket médio dos investidores, foram os maiores responsáveis pela mudança no cenário. Antes, o round que hoje é um seed, antes era uma série A, por exemplo.

O softbank chegou com um mega fundo, maior do que toda a indústria de VC na época em que foi criado. Empresas tiveram mais estímulo para serem privadas por mais tempo (sem abrir seu capital na bolsa)  e isso mudou bastante os parâmetros que tinhamos antigamente. 

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Os investimentos pararam?

No começo da pandemia, acreditávamos que os investimentos em VC seriam reduzidos e aconteceriam em menor quantidade. Quando comparamos esse período no Brasil, ao mesmo período no ano passado, ele foi 44% maior. Claro que houve uma queda, mas mesmo assim, foi bem superior ao imaginado. 

Nesse meio tempo, cerca de 80% dos investimentos estavam focados em early stage (quando falamos em deals). Ainda tem bastante dinheiro na mesa, e ele está indo para empresas do early stage, que ainda estão começando a tracionar. Percebemos que agora, passou o hype de investir quantias muito altas, e o cenário parece dar uma normalizada.

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