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“Gente é papel do CEO e dos founders, não do RH”, conta o fundador da Dr. Consulta

No último Wizard, na última semana – evento no qual as startups que entram na aceleração da ACE passam por dois dias iniciais intensos de palestras e conteúdos -, o Guilherme Azevedo, que foi COO e um dos fundadores da Dr. Consulta, foi o responsável por fechar o evento com chave de ouro, mostrando para a turma 13 – nossa turma recorde de startupscomo é empreender e ter sucesso com um negócio não-óbvio. Você pode escutar o bate-papo completo abaixo ou conferir os melhores momentos:

A estória de Guilherme começou antes da Dr. Consulta, quando ele teve um negócio de temática completamente diferente da de saúde: ele era responsável pela criação de peixes. Mas admite que o motivo preponderante para fundar a startup atual, lá em 2011, era o de realizar um negócio que pudesse impactar a vida das pessoas, principalmente, as de classe mais baixa.

E assim nasceu a Dr. Consulta, rede onde é possível agendar consultas médicas (para o mesmo dia!), exames, dentistas e pequenas cirurgias por um valor de baixo custo e sem anuidades ou mensalidades. Atualmente, a rede está presente com centros médicos por São Paulo, Rio de Janeiro e ainda este mês, chega a Belo Horizonte.

A Dr. Consulta em números

  • São 61 especialidades
  • 45 centros médicos
  • 2.000 tipos de exames
  • Em 4 anos, cresceram de 1 para 45 unidades
  • Quando começaram, há 7 anos, tinham menos de 10 clientes por dia

Guilherme conta ainda que quando começaram, por terem menos de 10 clientes por dia em cada unidade, ficava presencialmente no local do atendimento, para conversar com os pacientes. Para ele, era importante estabelecer uma conexão com o paciente, para, de fato, entender qual era a jornada do cliente“conversava para entender o que ele esperava, como foi a consulta, se superou as expectativas”, ele completa.

As maiores lições aprendidas, para o empreendedor, foram como se comunicar com o cliente e como mudou o tipo de problema que queriam resolver.

“As pessoas sentiam que não se encaixavam em nenhum lugar – porque era bonito, era bem feito, e as pessoas achavam que aquilo não era para elas.”

Eles, entenderam, então, que o principal desafio era o de comunicação e marketing. A persona já estava acertada – aquela que não tinha condições de arcar com um plano de saúde caro (ou muito menos um médico particular), mas que sofriam na mão dos serviços públicos de saúde. “Era muito difícil o brasileiro entender esse serviço, já que não faz parte de sua realidade”, ele admite.

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Desafio dado, eles passaram a registrar e tabular todas as ligações que faziam com os clientes (afinal, o serviço começou via telefone; enquanto que o aplicativo veio depois), de modo a entender exatamente o que estava faltando para atingirem maior qualidade no serviço. Ele conta que a mentalidade da empresa era de que só abririão uma 2ª unidade no momento em que a nota do cliente quanto ao serviço fosse de 8. Apesar dos brasileiros terem dificuldade de entender o negócio, não era o caso de fundos de investimentos de outros países, que já estavam acostumados, e assim levantaram seu Series A.

As pessoas da Dr. Consulta

À medida que o processo de crescimento da empresa foi exponencial, o cuidado com os funcionários – desde internos até os médicos – teve que ser redobrado. Para Guilherme, é necessário ter muita noção do tipo de perfil comportamental das pessoas que se quer ter dentro da empresa. “Quem está lá dentro tem que pensar: “que bom que estou em um lugar com um monte de gente que quer resolver as coisas””, ele adiciona.

Para o ex-CTO, que esteve os últimos meses estudando em Stanford, a cultura se forma naturalmente, e que como líder, você sempre está emanando sinais e o time capta esses sinais. “As pessoas copiam vocês em uma intensidade inimaginável”, Guilherme comenta.

Guilherme Azevedo, fundador e COO da Dr. Consulta – “Tem que ser sanguinário quanto às coisas que você diz serem importantes.”

O empreendedor reforça que “gente não pode ser responsabilidade do RH, gente tem sempre que ser responsabilidade dos fundadores e do CEO”. Para ele, essa responsabilidade tem que ser continuamente desses líderes, independentemente do tamanho da empresa.

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Ele ressalta que a fase de entrevistar pessoas é muito importante, que as contratações precisam ser lentas para garantir que as pessoas certas entrarão no time, e que quando entrarem, já estarão simbióticos à cultura. Em relação aos médicos contratados, ele comenta que acertaram no perfil de quem tinham que ser – médicos mais jovens, que não se importassem de ganhar menos no primeiro momento, que viam valor naquilo que a empresa estava construindo.

O que é importante de se procurar na hora da contratação?

  1. Pessoas que se sintam donos
  2. Pessoas simples
  3. Jeito simples de se comunicar
  4. Pessoas que respondam “na lata” (Se a pessoa está rodeando para responder, é alguém que vai gastar muito tempo do seu tempo)
  5. Objetividade e assertividade
  6. Senso de urgência absoluto. Ou seja, “falou uma coisa, faz na hora”.
  7. Tem que gostar de gente! Não dá pra trabalhar com gente e não gostar de gente.

Por fim, o empreendedor conclui que: “gente boa atrai gente boa”. Essa é a alma de negócio.

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26 de julho de 2024 – São Paulo