Inovar é uma necessidade. Mas disso você já sabe, afinal, entende quais são os primeiros passos de como inovar dentro de uma grande empresa. Mas nem sempre esse trabalho é tão fácil, afinal, nem todas as corporações têm os processos preparados para lidar com o ritmo demandado para abraçar a inovação.
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É compreensível que esse problema exista, – afinal, grande parte das corporações que dominam diversos setores ganharam sustentação a partir de metodologias antigas – assim como é entendível que isso se reflita nos líderes dessas empresas. Como, então, diante das necessidades de mercado, convencê-los que a inovação é a responsável pelas metodologias do mundo atual?
O que as lideranças vão te dizer quando você propor um projeto de inovação?
É compreensível que elas tenham um grande entendimento sobre o negócio. Quando for argumentar, saiba o que estará na ponta de suas línguas:
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“Qual o plano de negócios dessa ideia? Esse projeto se adequa às metas – principalmente financeiras – da empresa?”
O porquê você já sabe. Mas e o como? Quais são os processos do projeto? Até que ponto as ações necessárias para o desdobramento do projeto podem afetar o planejamento financeiro da empresa?
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“Esse projeto é prioridade? Isso não desvia o foco da empresa?”
Seguindo a mesma linha de raciocínio de proteção ao que é consolidado, entender se este projeto não esbarra no que é intrínseco à empresa – isto é, desde os principais objetivos que a corporação possui como um todo até seu desdobramento em metas periódicas.
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“Nosso ramo não faz isso.”
Argumento clássico. Diferentemente do que se pode imaginar ao primeiro relance, aliar o appeal que a empresa possui para projetar uma ideia que pode agradar imensamente o cliente, além de ter se tornado uma prática mais que comum no mercado, demonstra que a empresa está preocupada em mais do que apenas vender sistematicamente um produto, mas sim fazer parte do dia-a-dia de seu cliente.
Mas a ideia do “nunca fizemos assim” pode ser quebrada de maneira bem simples: basta contar exemplos de quem adotou os métodos mais modernos de inovação em setores em que seria impensável. Um bom caso é o da American Heart Association. Associações beneficentes estão longe de ser associadas à inovação. Mas quando o CEO da Intuit foi anfitrião da ação da entidade, ele provou que era possível fazer diferente. Ele montou um time de 1 engenheiro, 1 gerente de vendas, 2 designers e 1 líder de inovação, e juntos, eles fizeram o maior evento de captação de recursos que a associação já realizou. Tudo baseado em sprints e outros métodos associados ao universo das startups.
O QUE VOCÊ PRECISA MOSTRAR PRA ELES?
Você, intraempreendedor, já fala a língua do cliente, portanto, fale a língua do executivo também. Mostre para ele como os projetos de inovação são uma realidade e precisam ser entendidos processualmente como qualquer outro business:
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É uma oportunidade de crescimento de mercado.
Reflita: o cliente tem chances de dar mais valor à qual tipo de empresa: aquela que apenas segue burocraticamente o processo de venda e entrega de seu produto ou àquela que realmente se aproxima e tenta criar um diálogo com seu cliente sobre o universo que atua? Observe que as histórias das melhores empresas globais são daquelas que buscam tratar o cliente como um parceiro que tem tanto interesse quanto você em ter a melhor experiência possível, e a experiência sempre está centrada em como aquilo afeta o cliente em níveis pessoais.
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Existe flexibilidade ao projetar a inovação.
Se quando um produto está em sua fase de desenvolvimento, ocorrem mudanças constantes no formato ou branding do produto, por exemplo, por quê isso não poderia acontecer durante a projeção da inovação? A chave é entendê-la como um produto, em que realizar testes – seguindo um dos princípios do agile – é essencial para encontrar o molde perfeito do projeto.
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O retorno financeiro é tão importante quanto todo o resto do projeto.
É normal que o investimento e o retorno financeiro sejam considerados os maiores paradigmas quando existe a possibilidade de projetar algo novo. O que pode servir de argumento por parte das lideranças corporativas e que precisa ser desmistificado é que não é por quê um projeto não pareça irresistível (principalmente, financeiramente) à primeira vista que ele seja algo que vai atrapalhar o lucro da empresa. Entenda que quando pensamos na inovação como uma oportunidade de crescimento, esta oportunidade não se dá apenas na recepção que o cliente terá da sua empresa, mas também de como ele vai consumir os produtos da empresa.
QUAL TIPO DE EMPRESA VOCÊ QUER SER?
Se o seu líder ainda não se convenceu, faça essa pergunta a ele. E se pergunte também. O termo “inovação” não existe por acaso – tudo que é profundamente inovador, a princípio, não faz os olhos brilharem. E é exatamente por este sentimento que algo é inovador, pois nasce de um paradigma do mercado ou da sociedade que ora nem ainda havíamos identificado como um problema, ora buscávamos desenfreadamente uma forma de solucionar. O desenvolvimento de um produto ou projeto realmente inovador é o que vai trazer à sociedade uma nova percepção ou sentido sobre esse paradigma. E é assim que individualmente e coletivamente que evoluímos.
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