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Como realizar a gestão da inovação?

Existe uma crença no mercado de que toda transformação precisa ser radical ou disruptiva. Mas, basta acompanhar o dia a dia do ambiente corporativo para perceber que isso não reflete a realidade. No meu contato frequente com intraempreendedores de grandes empresas, vejo que é possível inovar em pequenas escalas também, com ganhos muito significativos. Assim, empresas que estão no início da sua jornada podem (e devem) começar a gestão da inovação – e o momento é mais do que oportuno. 

Uma pesquisa conduzida recentemente pela empresa de freelancer Workana (repercutida aqui no LinkedIn) apontou as habilidades necessárias para as empresas no pós-pandemia. Todas elas estão ligadas em maior ou menor grau à gestão da inovação. De acordo com o estudo, terão destaque no mercado as organizações comprometidas com pensamento ágil, rápida adaptação às mudanças, ownership (compromisso com as entregas), inovação, gestão de tempo e tarefas, autonomia e liderança.

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Pilares da Gestão da Inovação

A partir de um método adequado e, independentemente do nível de maturidade da empresa, é possível organizar, planejar e executar as iniciativas, ou seja, realizar a gestão da inovação, que deve ser planejada a partir de cinco pilares fundamentais:

Definição das teses de inovação

 As teses permitem dar clareza sobre onde existe potencial para a empresa inovar, crescer e gerar mais eficiência operacional e produtividade. 

Meio de execução das teses

A forma pela qual a inovação será colocada em prática. Aqui, as opções são múltiplas e podem se combinar geração interna de ideias (programas de intraempreendedorismo) e execução das melhores ideias pelos próprios colaboradores por meio da formação de equipes multidisciplinares (squads); contratação de startups; modelo híbrido (squad + startup) e, no caso de empresas com nível de maturidade elevado, através de investimento ou aquisição de startups (corporate venture capital). 

Estruturação do portfólio de inovação

Essa estruturação consiste no enquadramento das iniciativas de inovação nos três horizontes (curto, médio e longo prazo). No de curto prazo, o foco passa pela exploração e otimização dos negócios já existentes, enquanto que o de longo prazo mira novos negócios e oportunidades emergentes. As iniciativas que forem surgindo também deverão ser alocadas nos horizontes. Na ACE, recomendamos a alocação de orçamento na proporção de 70%, 20% e 10% no curto, médio e longo prazo, respectivamente. 

Estruturação dos fluxos e políticas

É nesse pilar que a governança corporativa voltada à inovação torna-se extremamente relevante. Para uma execução fluida, é preciso que existam processos claros e específicos relacionados às iniciativas e projetos de inovação, como, por exemplo, forma de atuação dos times, fluxos de aprovação e avaliação dos projetos, procedimentos para contratação de startups (esteira ágil). 

Monitoramento contínuo

Como qualquer iniciativa, não basta planejar, executar e deixar de lado a avaliação periódica dos resultados alcançados, eficácia dos fluxos e políticas colocadas em vigor. A depender do tamanho da empresa, recomenda-se a formação de um comitê responsável pelo acompanhamento da evolução e dos resultados dos projetos, garantindo que a estratégia de inovação da empresa está sendo cumprida, que o orçamento destinado a cada uma das iniciativas é razoável e que os fluxos e procedimentos estão atendendo as finalidades às quais se propõem.  

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É imprescindível ter em mente que a gestão da inovação depende de três verbos essenciais para funcionar: construir, medir e aprender (ciclo do lean startup aplicado na prática!). Por ser um processo diretamente relacionado às dinâmicas de mercado, que se alteram de forma constante e, muitas vezes de forma linear e imprevisível, a gestão da inovação deve ser acompanhada de perto com indicadores de desempenho. 

Analisar os dados de forma consistente é essencial para avaliar se os projetos estão atingindo os objetivos ou se precisam ser revistos. Isso porque em mercados acirrados e com margens apertadas, não há espaço para palpites ou achismos. Da mesma forma que os dados por si só podem não traduzir a realidade – é preciso analisá-los de acordo com o contexto de cada situação. Em muitos casos, embora o resultado não tenha saído como planejado, o aprendizado obtido no planejamento da inovação é valioso.

Inovar é pensar, planejar, testar e acompanhar de forma estratégica. Coloque em prática a gestão da inovação na sua empresa e a torne mais eficiente e competitiva em 2021.

*Escrito por Mariane Cortez, Corporate Innovation na ACE

consultoria de inovação

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26 de julho de 2024 – São Paulo