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Trabalhar em Squads é para todos?

Do bom português: os esquadrões são os times multidisciplinares que trabalham com bastante autonomia para chegar a uma resposta para dado desafio, atuando em ambiente de alta incerteza.

Muitas empresas têm conceitos errados do que são Squads e como aplicá-los. Não basta colocar pessoas de áreas diferentes trabalhando em uma mesma mesa. É necessário dar a elas um objetivo (um grande problema da companhia, por exemplo) em comum. 

O uso mais conhecido, e também a origem, é em empresas de desenvolvimento de softwares, pensando no ganho de agilidade de entrega do produto. Mas isso implica no que? Uso de pensamento lean, colocar o cliente no centro, autonomia para tomas de decisão. visão de produto completa e entrega contínua. 

O direcionamento é um só: a empresa precisa chegar nesse objetivo. Façam do jeito que acharem melhor, com os processos que julgarem pertinente, contanto que o resultado seja entregue”. Sim, podemos emular o ambiente de uma startup, no sentido de dar autonomia e agilidade para moldar o produto de acordo com feedbacks de clientes – e redirecionar a rota sempre que necessário. 

>> Inovação na Prática: saiba como começar a inovar na sua empresa

Por dentro de um Squad

Nos Squads não existem cargos, mas existem funções, como o Product Owner, responsável por manter o projeto nos trilhos usando o olhar do cliente, e o Scrum Master, responsável pelas rotinas e processos.

Se o conceito de Squads não se aplica a empresa, há outras maneiras de adotar o Agile no dia a dia da companhia, como explorar células ágeis, rotinas ágeis, etc.. Cada nível de aplicação pode ser pensando para diferentes áreas de empresa. 

E fica a dúvida: o uso da metodologia está deixando a empresa mais ágil ou mais frágil? Vale a análise. Assim como é OK não obedecer o Waze, também é OK não obedecer todo o frameworks das metodologias. E a rota sempre pode ser recalculada. 

Sobre as metodologias mais conhecidas usadas em Squads: 

  • Scrum: analogia para exemplificar as paradas que um time de desenvolvimento deveria fazer para ajustar a rota. É o método de reinício de jogada no rugby após uma penalização, quando o time revê a estratégia rapidamente. O framework inclui também a gestão a vista: o que deve ser feito, fazendo e feito.
  • Kanban: ideal para projetos e processos de fluxo contínuo. Bem visual, ajuda a denunciar atividades e rotinas que não estão funcionando e demais gargalos. Boa metodologia para ser aplicada em áreas que têm rotinas bem definidas. 

>>Leia mais: Como funciona o Scrum?

>> Leia também: Como são os Squads em empresas inovadoras?

Em grandes empresas

A ideia da aplicação de um Squad tem como uma das principais características a autonomia para a tomadas de decisão e definição de processos. Não faz sentido as orientações de como e do que será feito virem top down. O projeto deve ser constantemente construído a base de feedbacks – sem um formato já pré-definido. 

Existe ainda a questão da segurança psicológica do “poder errar”. A única certeza na inovação é que algo vai dar errado em algum momento. Isso dá origem a inseguranças como “o que acontece se o projeto não der certo?” “e se tivermos que repensar tudo?”. Isso pode abalar principalmente profissionais com mais tempo de casa, preocupados com a imagem de fracasso que isso pode gerar. 

Como lidar com essas situações? Ouça o episódio abaixo do podcast!

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26 de julho de 2024 – São Paulo