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Times de alta performance e inovação: estruturas e metodologias

Já entendemos que a inovação não pode ser restrita a uma área ou a pessoas específicas. É um mindset que está propagado em cada setor e em cada colaborador, a partir de uma cultura onde a cooperação se sobrepõe ao sucesso individual.

Também aprendemos qual é o perfil correto de colaborador que o gestor deve buscar na hora de montar uma equipe inovadora. Mas agora iremos mais longe: quais metodologias e estruturas podem “acelerar” os colaboradores até que eles se tornem um time de alta performance?  

Metodologias ágeis

Antes de mais nada, é preciso reconhecer que as empresas tradicionais que utilizam os mesmos métodos há muitos anos levam um certo tempo até se adequar a novas metodologias. E esses métodos também podem ser adaptados à cultura dessas empresas.

Mas as mudanças são necessárias. E, para fomentar a inovação, as metodologias ágeis são fundamentais nesse processo. “Isso significa mudar o design organizacional, ou como a empresa organiza seus processos e lida com as pessoas e estruturas”, diz Fernanda Aidar, Innovation Product Manager da ACE.

Para aderir a essas novas metodologias com eficiência, as empresas tradicionais podem realizar testes com times de alta performance atuando em alguns setores. Não pode ficar apenas na teoria; a prática é sempre importante para que todas possam entender melhor como as metodologias ágeis podem funcionar. “É um mindset que se espalha pela empresa conforme o sucesso dos grupos”, diz Fernanda.

E há caminhos mais tranquilos para que a empresa implemente esses sistemas e vença a resistência de colaboradores mais acostumados aos jeitos antigos. “Não dá para imaginar as empresas alterando radicalmente suas estruturas atuais. Pode começar só com rotinas ágeis, por exemplo, e depois implementar outras formas mais completas.”

Squads e alta performance

Para estabelecer esse mindset, não é mais possível manter a antiga hierarquia rígida e as funções restritas de cada colaborador. Os squads e times de alta performance precisam de algumas características para desempenhar sua função, que é basicamente resolver um problema identificado pela empresa.

“São grupos trabalhando de maneira multidisciplinar e transversal, podendo reunir pessoas de áreas diferentes trabalhando. Na hora de desenvolver um novo produto, por exemplo, um squad pode ter membros da área de desenvolvimento, de vendas, marketing e relacionamento com o cliente”, relaciona Fernanda.

Outro aspecto fundamental é dar ao time autonomia e capacidade de autogerenciamento. Mas não adianta pensar em autonomia sem alinhamento com a liderança. E o papel da liderança é “entender o que o time está fazendo, dar a proteção necessária, garantir essa autonomia e cobrar, sempre pensando em fomentar a inovação”, diz Fernanda.

>> Leia mais: Como funcionam squads em empresas inovadoras

>> Leia também: Squads: dicas para atingir bons resultados

Mudando o mindset

Estruturar o ambiente de trabalho visando uma atmosfera inovadora não significa colocar mesas de pingue-pongue e pufes coloridos, copiando tendências de empresas do Vale do Silício. Mas o aspecto físico pode ser sim levado em conta na hora de estimular que os colaboradores trabalhem juntos.

“Inovação não é simplesmente arquitetura, mas há coisas que podem ser feitas, como estruturar o local para que os colaboradores trabalhem mais próximos uns dos outros. Ou estimular as pessoas a saírem do espaço físico da empresa para ajudá-los a ficar ‘descontaminados’ do dia a dia e focar na resolução do problema”, diz Fernanda.

Mas o foco continua sendo inovação. E para isso é preciso mudar o mindset. Então, o costumeiro isolamento de diretores e VPs em suas salas, com difícil acesso e pouca comunicação, também é algo que atrapalha as empresas mais tradicionais.

Motivando equipes

E esse mindset novo precisa atingir também os colaboradores. O cuidado com o ambiente de trabalho logicamente não está só na estrutura física, mas também na atmosfera do local. A equipe precisa de tudo que possa ajudá-la a atuar com energia, prazer e motivados a entregar o máximo de suas capacidades.

Mais do que treinar o colaborador a utilizar as metodologias ágeis, o foco é estimulá-lo a adquirir habilidades para mudar esse mindset. São elas:

-Gestão ágil;

-Visão exponencial;

-Mindset orientado a dados (data-driven);

-Coachability (a capacidade de receber feedbacks e agir em cima dele);

-Autonomia com responsabilidade;

-Atitude empreendedora;

-Mindset centrado no cliente;

-Transversalidade;

-Multidisciplinaridade.

Por último, essa mudança de mindset está relacionada a algo maior, tanto para a empresa quanto para cada colaborador: servir a um propósito. “Muita gente fala em ser dona de seu próprio destino. As metodologias ágeis dão clareza em relação a isso porque fornecem à pessoa mais autonomia e domínio sobre suas ações. Ela pode melhorar no que faz e, assim, servir a um propósito maior”, conclui a Innovation Product Manager.

 

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